sexta-feira, 27 de março de 2015

Nota de Repúdio Contra a postura racista e opressora do segurança da MAP

Nós do Coletivo Para Todos viemos por meio desta nota denunciar um ato de racismo que ocorreu no Domingo, dia 22 de Março de 2015; contra um jovem negro que não era estudante desta Universidade e que foi agredido física e verbalmente por um vigilante da empresa terceirizada MAP, onde o vigilante empurrou-o da bicicleta e pisou em sua cabeça pelo fato de o mesmo querer jantar no RU (Restaurante Universitário) do Campus de Ondina, alegando que não iria permitir que o mesmo jantasse no restaurante. Inclusive, sabe-se que o agredido é portador de transtornos psíquicos.
Um jovem negro estudante da universidade vendo o ocorrido foi juntamente com mais alguns estudantes para intervir e também estes foram ameaçados pelo mesmo vigilante, sendo o vigilante que cometia as agressões ameaçou um dos estudantes dizendo que não iria agredi-lo na UFBA, porém que fora da Universidade a conversa era outra e que ele tinha sangue no olho para resolver o problema fora da mesma.
Posicionamentos como este de caráter racista e violento devem ser retratado a ponto de que não ocorra mais, já que os estudantes negros diretamente envolvidos foram responsabilizados pela presença de maconheiros e vagabundos na fala do vigilante que cometia as agressões.
Resolvemos nos posicionar e pedir que os funcionários da empresa MAP receba treinamento e formação adequados pela Universidade como medida de curto prazo para poderem agir de forma correta em relação à casos como este, sendo mais humanos com os estudantes e transeuntes no espaço universitário, não adotando posturas racistas, machistas e violentas; e como medida de longo prazo pedimos que a UFBA crie uma guarda universitária onde a mesma se responsabilize pela segurança no campus não terceirizando o serviço para que os estudantes desta universidade não sejam mais agredidos física e verbalmente por funcionários que trabalham por empresas terceirizadas.
Houve uma reunião na PROAE e foi solicitado que as testemunhas desta comunidade acadêmica que presenciou o fato se pronunciem para que possamos conseguir êxito nesta denúncia e também se posicionem a respeito do ocorrido dando suas respectivas versões para haver apuração dos fatos; os devidos pronunciamentos devem ser protocolados na PROAE.
Salvador, BA. 28 de Março de 2015
Coletivo Para Todos