Depois das recentes manifestações que movimentaram a vida política do Brasil, foi proposto pela Presidenta um plebiscito sobre reforma política, tema que já tramitava nos bastidores do congresso brasileiro. Uma reforma que democratize o sistema eleitoral e mude a cara da política brasileira e de seus representantes, acabando com os laços que envolvem a política e o poder econômico e que fazem ambos dependentes entre si. Essas mudanças eram esperadas ansiosamente pela população e principalmente pelos jovens brasileiros que sonham com um país mais justo e igualitário, onde caiba os seus sonhos e desejos, mesmo que para isso seja necessário uma luta diária nas ruas, envolvendo toda a sociedade.
Diante desta proposta ouve uma crise no congresso, pois ameaça romper com a hegemonia do poder dos grandes caciques e lobistas da política brasileira, e os mesmo junto com a mídia reacionária tentam de todas as formas parar a proposta, tanto nos pontos que os constituem, tentando altera-los colocando outros pontos a serem debatidos, pontos estes que não trariam benefícios nenhum para a população, e a forma que seria feita a reforma, querendo que ao invés de um plebiscito fosse posto um referendo no local.
Uma reforma política que represente os anseios da população é de extrema importância para o Brasil e o futuro dos brasileiros. Uma reforma que acabe com o financiamento privado das campanhas para extinguir o grande lobby que envolve o nosso sistema eleitoral e político e acabar com a total dependência do poder econômico que a política de nosso país tem, onde um representante para se eleger tem que se render e fazer alianças com grandes empresários e até mesmo se corromper em troca de financiamento, onde nós sabemos que quem consegui um maior recurso nas campanhas tem muito mais chance de se eleger do que quem não tem recursos dos grandes empresários do Brasil, por preferir continuar integro e não entrar nesse jogo sujo que envolve o financiamento privado das campanhas. A juventude tem que se movimentar e ousar lutar para garantir que isso seja concretizado e o Brasil tenha um sistema eleitoral mais justo, democrático e independente, que não seja submisso ao poder econômico que não tem nenhum interesse de ouvir as demandas da população e não representa o povo brasileiro.
Dentro da reforma política existem outros pontos a serem debatidos além do financiamento público das campanhas, como uma mudança do sistema eleitoral, o fim do voto secreto no congresso, fim das coligações partidárias e fim dos suplentes no senado. Propostas que visam transforma o sistema político vigente mais democrático, e livre das amarras que o prende, e lhe faz submisso ao grande capital que se encontra na mão de poucos, fazendo com que à população seja mais bem representada.
Esta reforma tem que ser feita com a verdadeira participação popular, que é através do plebiscito e não do referendo. Por que é com o plebiscito que a população diz o que ela quer para o Brasil de verdade, onde ela pode escolher de que forma e como se modificará o sistema eleitoral e político brasileiro. E não através do referendo, onde depois da reforma feita a população só dará o aval ou não do que já está pronto.
A AGES – Associação de Grêmio e Estudantes de Salvador, e o Coletivo Universitário Movimente-se É Preciso Ousar, é a favor da reforma política, com o plebiscito para que a sociedade possa de fato opinar nos rumos do país.
Movimente-se, É Preciso Ousar por uma reforma política democrática, através de um plebiscito.