segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Movimente-se, É Preciso Ousar pela democratização dos meios de comunicação.

Os meios de comunicação é um importante instrumento de formação de opinião e de discurso público, é através deles que a população se informa e cria sua concepção da realidade. Através da utilização desse mecanismo que a população fica ciente de forma rápida e eficiente do que está acontecendo a seu redor e a partir daí tomar atitudes, agindo de acordo com a informação recebida, ou seja, os meios de comunicação exercem grande influência na vida social da população.
Infelizmente esse importante instrumento de interação social, que deveria cumprir um papel imparcial, mostrando a pluralidade de opiniões e as demandas dos vários setores da sociedade, como também as produções artísticas, culturais e intelectuais da população por inteiro, estão sendo usadas de uma forma subversiva, onde representa os interesses apenas de pequenos grupos da sociedade. Hoje 70% de todo o veículo de comunicação está sendo controlada por menos de 10 famílias, onde essas famílias mostram apenas aquilo que lhes interessa, restringindo e censurando tudo aquilo que vai de encontro as suas opiniões, ou seja, projetando suas concepções e opiniões para sociedade sem permitir ao menos um contra ponto. O problema além de esses meios representarem os interesses de uma pequena parcela da sociedade, ainda é regional, hoje das 33 emissoras de TV identificadas no país, a TV é o maior meio de comunicação de massas, 24 delas estão sediadas em São Paulo, mostrando apenas a produção artística cultural daquela região, como se fosse uma identidade nacional, enquanto as outras regiões do país não têm espaço para produzir e reproduzir suas produções artísticas e culturais.
Esses pequenos grupos que controlam a comunicação do país, modificam a realidade existente a seu bel prazer, para satisfazer interesses particulares, manipulando a opinião público. Um exemplo claro disso foi nas manifestações de junho, onde as emissoras televisivas, em especial a rede globo, alteravam a ordem cronológica das imagens das manifestações acusando os manifestantes de incitarem a violência quando eles foram os primeiros a sofrerem a mesma, uma tentativa de colocar a opinião públicas contra os manifestantes para tentar acabar com a onda de protestos e reivindicações no país, pois não era de interesses de seus controladores que essas reivindicações fossem aceitas porque ia de encontro com seus interesses políticos, isso mesmo interesses políticos, não é novidade que os meios de comunicações são ligados diretamente a políticos e muitos deles tem o controle dos mesmos, exemplo disso é aqui na Bahia, que a família Magalhães, uma das famílias mais tradicionais e conservadoras da política brasileira, controla os principais veículos de comunicação do estado, informando somente aquilo que é de interesse de seu partido, muitas vezes com matérias tendenciosas, situação que é inconstitucional, pois os meios de comunicação devem ser desvinculados de políticos em exercício de mandato, porém isso não é cumprido.
Ainda existe a questão da propriedade cruzada, e a concentração de canais por empresa, a propriedade cruzada consiste no fato de uma quando um mesmo grupo controle diferentes mídias, como TV, rádio e revista, e a concentração de canais é quando um mesmo grupo tem várias concessões de TV pelo país, na maior parte das democracias consolidadas, há limites a essa prática por se considerar que ela afeta a diversidade informativa, porém no Brasil não há limites para essa prática, onde o sistema de comunicação fica refém a este tipo de situação.
Há uma proposta de projeto de lei de iniciativa popular, organizado pelo Fórum Nacional de Democratização das Comunicações (FNDC), que tenta torna os mecanismos de comunicação social mais plural e democrática, acabando com os monopólios e propriedade cruzada, criando regras mais transparentes para as licenças de serviços de comunicação, estabelece os princípios da leia para promover a pluralidade de idéias e opiniões e fomentar a cultura nacional e a diversidade regional, também proíbe que políticos sejam donos de emissoras de rádio e televisão entre outro temas a abordados.
Por esses temas abordados, entre outras questões que não foi possível expor nesse manifesto, que o coletivo É Preciso Ousar é a favor da democratização das comunicações e apóia o projeto de iniciativa popular coordenado pela FNDC sobre a lei da mídia democrática. Movimente-se, É Preciso Ousar pela democratização das comunicações. UNI-VOS essa luta é de todo nós.
Tudo sobre o projeto de iniciativa popular pode ser encontrado nesse link: http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/index.php/2013-04-30-15-58-11